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O cão e o gato


Há muito tempo atrás havia um cão e um gato muito amigos. Eles viviam numa quinta e eram muito felizes. O cão era grande como um pónei, os seus pelos eram de ouro e os seus olhos pareciam o céu. O gato era pequeno como um caracol, os seus pelos eram cinzentos como os dias escuros e chuvosos de inverno, os seus olhos eram verdes da cor das árvores na época da primavera e ambos os dois eram amigáveis, amáveis e felizes.

Num dia muito especial, o aniversário do gato, um grupo de homens vestidos de preto e de cara tapada bateram à porta. Toc Toc. O dono dos animais abriu a porta e os homens disseram:

-Isto é um assalto! Queremos todo o dinheiro e ouro que tiver.

-Não temos nada disso- disseram o cão e o gato

-Não estamos a falar com vocês! É com o vosso dono!

Os homens entraram na casa, dando encontrão ao dono e subiram as escadas para cima e desceram para baixo e não encontraram nada.

-Veem? Não temos nada de valor que possam roubar!

-Já dissemos um milhão de vezes para ficarem calados!

-E nós já dissemos quinhentas vezes que não temos nada.

Os malfeitores com medo de serem denunciados pegaram no dono e arrastando-o, esconderam-no na cave, mas o cão e o gato fugiram a correr e foram até à esquadra. Estava fechada e a única entrada era escalar uma árvore e depois partir o vidro do teto e entrar. O cão disse:

-Sobe tu primeiro e eu subo a seguir.

-Ok, e lá subiu.

-Meu Deus, sobes com tanta agilidade que eu diria que és um macaco! Agora sou eu a tentar subir.

O cão tentou subir várias vezes. Pum! Pam! Clack! E caia no chão!

-Se não conseguires, não continues a tentar escalar, podes magoar-te – disse o gato.

-Mas depois não conseguimos partir o vidro do teto da esquadra, entrar e chamar a polícia, retorquiu o cão.

Depois de mais de quinhentas tentativas, conseguiu finalmente trepar à árvore e fazer o que tanto desejara: ajudar o dono e fazer o seu amigo feliz.

A polícia foi á quinta e salvou o dono que tanto precisava de ajuda. Este ficou imensamente grato aos seus amigos que lhe salvaram a vida.


Moral da história: Não se deve desistir das coisas que já começamos e que é nosso dever terminar. Deve-se ajudar e estar presente quando os nossos verdadeiros amigos necessitarem, pois eles também nos ajudarão em situações difíceis no futuro.

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