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Obras do 7º Ano

Aqui encontram-se as obras lidas e interpretadas pelos alunos no 7º ano de escolaridade

   

         História de uma gaivota e de um gato que a ensinou a voar

 

    A obra de Luiz Sepúlveda, lida pelo 7ºA, transmitiu vários valores.

    Quanto a mim, a obra começa com um apelo à poluição. Às marés negras e às aves que morrem. Continua tratando a amizade, fidelidade e a importância de não quebrar as promessas. Ensina como nem tudo se encontra nos livros e que é preciso sentir. Aborda a confiança e a importância da família e apoio que todos nós necessitamos.

    Os valores que mais me fascinaram foram a fidelidade do gato em relação à promessa, o amor que a pequena gaivota ganha por Zorbas e o apoio de todos os amigos.

    Obra cheia de descrições e aprendizagens! Não basta ler o texto, temos de senti-lo.

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M.B

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    Nas passadas aulas de Português, a turma do 7º A, analisou o texto dramático Leandro, Rei da Helíria, de Alice Vieira que tem como base, o conto tradicional “Comida sem sal”. A interpretação desta obra tem como objetivo a descoberta dos seus valores subjacentes.

    Esta é a história de um rei, que se sente velho demais para continuar a reinar e que ficou assustado com um sonho que julgava ser um recado dos deuses: “Os sonhos são recados dos deuses.”, levando-o a perguntar às filhas o quanto elas gostavam dele. “Quero-vos como a comida quer o sal” foi a resposta que não quis ouvir, tal era a sua “cegueira” psicológica. De facto, este rei abusava do poder, maltratando os seus súbditos incluindo o seu fiel Bobo que permaneceu sempre a seu lado mesmo quando aquele perdeu, por completo, a visão e ficou sem o seu reino.

    A presença das personagens cómicas nomeadamente o Simplício com a sua única frase “Tiraste-me as palavras da boca”, o Felizardo que, com a sua lista de bens, queria demonstrar a sua falsa riqueza, o pastor que falava constantemente das qualidades da sua Briolanja e, por fim, o Bobo com a sua ironia, os seus apartes, as suas reflexões e ensinamentos, surgem como que personagens-tipo, que espelham a sociedade de então e a de hoje em dia. Podemos afirmar que é uma obra que transmite valores intemporais.

Assim, salientamos o amor parental de Leandro para com as filhas e como este era retribuído apenas por uma delas, demonstrando, por outro lado, a ingratidão e falsidade das restantes. O amor verdadeiro de Violeta e Reginaldo que se mantiveram juntos mesmo nos momentos mais difíceis, ao contrário dos casamentos por conveniência das duas irmãs mais velhas com os príncipes Felizardo e Simplício.

    A lealdade do Bobo também é um valor que sobressai, pois este permanece sempre fiel ao seu amo, mesmo que este o maltrate ou o desrespeite. Esta fidelidade também é sentida na personagem o Pastor, tanto para com a sua esposa como para o seu rei, Reginaldo.

Por fim, temos o perdão e o arrependimento transmitidos na última cena no momento em que Leandro se apercebe do quão foi injusto com a única filha que o amava realmente. Violeta perdoa o pai dizendo “Quem ama, senhor, não deve pedir nada em troca desse amor”.

Em jeito de conclusão, esta história além de nos transmitir valores, fez-nos refletir sobre a importância do sal. Na verdade, este ingrediente tão usual no dia-a-dia, já serviu, em tempos, como pagamento dos ordenados, dando origem à palavra “salário”. O seu valor é de tal ordem que é comparado ao amor sentido por Violeta e à riqueza de uma casa: “Grande vai o mal na casa onde não há sal.”.

   

Além deste provérbio, existem mais alguns que passamos a citar:

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 “A religião quer-se como o sal na comida, nem de mais nem de menos.”

 “O ovo quer sal e fogo.”

 “O sal quanto salga, quanto vale.”

 “Ovo sem sal não faz bem nem mal.”

 “Peixe podre, sal não cura.”

 “Quem quiser comer sem sal, vá para o hospital.”

 “Tudo se quer como o sal na comida”

Leandro, Rei da Helíria

O Cavaleiro da Dinamarca

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    A obra O Cavaleiro da Dinamarca de Sophia de Mello Breyner Andersen, recomendada como leitura obrigatória para 7ºano, aborda uma viagem de um nobre em busca da fé. Ele compromete-se a ir à Palestina e voltar dentro de dois anos, no dia de Natal. Com coragem, medo e saudade, o cavaleiro vai ter de enfrentar várias peripécias, ouvir diferentes histórias, passar por diversos países e aprender numerosos valores para conseguir voltar a casa são e salvo.

    Durante a viagem, o peregrino faz variadas paragens onde conhece pessoas com diferentes experiências de vida, originando muitas histórias cheias de valores. De volta para casa, este homem corajoso para em Veneza, onde se emociona com o romance de Vanina e Guidobaldo, que tem como moral a falta de liberdade, o amor, a coragem e a confiança.

    Seguindo o seu caminho, chegou à cidade onde “tudo era mais grave e austero”- Florença. Aí ouviu o conto de Giotto que realça a segurança, o talento e a oportunidade e onde também escutou a história do poeta Dante, cujos ensinamentos são o amor, o perdão, o pecado e o arrependimento.

     Continuando o seu percurso, aproximou-se de Génova, todavia uma doença parou-lhe a viagem. Na sua recuperação, deparou-se com iluminuras de Santos. Neste claustro, aprendeu que nem sempre os remédios nos curam, mas também a presença e a ajuda do outro. Adiante, deparou-se com um relato marítimo vindo da cidade de Antuérpia. Nele, descobriu sentimentos como a desigualdade e o racismo.

Para concluir a viagem, passou pela floresta que cercava a sua casa e nela admirou um grande pinheiro que lhe pôs na mente coragem e fé para cumprir a promessa. Aquela luz intensa que lhe lembrou de que era Natal e que tinha de voltar para a família, deu-lhe a força e esperança. Graças a esta luz, atualmente faz-se um ritual típico da época.

    Se voltou para casa, só vocês o podem desvendar.

  Basta lerem esta linda obra e descobrirem toda a magia que tem!

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